quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Palestra sobre a queda do diploma de Jornalismo

Elaborar um texto crítico da palestra sobre a queda da obrigatoriedade do diploma de Jornalismo realizada na Unicsul, no campus de São Miguel Paulista.


A palestra sobre os rumos do “Jornalismo depois do fim da exigência do diploma”, ocorreu na Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), no campus de São Miguel Paulista, no dia 14 de setembro. Foram convidados o jornalista e Mestre em História Pedro Paiva e o estudante jornalismo da PUC-SP, letras na USP e membro da coordenação da Executiva Nacional de Estudantes de Comunicação Social (ENECOS) Valério Paiva. A docente do curso de jornalismo Ms. Cecília Luedemann e o Assessor do curso e também docente, Dirceu Roque, aturam como intermediários da discussão.

O tema é a atual preocupação dos universitários de Comunicação Social que optaram pela carreira jornalística. Afinal, estudar para quê se não é mais válido o diploma em nosso país? Mas essa preocupação não é restrita aos estudantes brasileiros, na Alemanha, Espanha, Estados Unidos e França também não é obrigatório o diploma.



As discussões nas palestras foram satisfatórias e defensivas aos universitários. Com o conhecimento de um Historiador Pedro Paiva lembrou os acontecimentos da Ditadura Militar no Brasil, época em que os militares exerciam a função de censores nas redações, sem competência jornalística de editor-chefe, eles manipulavam os textos redigidos a favor do governo. “Em tese o diploma era obrigatório. Mas na prática nunca foi! Ontem, hoje e agora, escancaradamente sempre, o jornalismo vai ser constituído pelas mãos de pessoas sem formação acadêmica. Isso não é totalmente ruim quando o produto é feito com consciência e o mínimo de sensibilidade política e social.”, explicou Paiva.

Demonstrando ser totalmente contra a não obrigatoriedade do diploma, o estudante Marcos Valério, tentou alertar os universitários presentes para os riscos do mercado. Segundo Valério, as empresas de comunicação que já imperam soberanas no país irão explorar os futuros profissionais. “Toda essa atmosfera atual deve ser questionada. Não é justo que nós tenhamos de estudar por quatro ou mais anos, contando com especializações e cursos extra-curriculares, e alguém que nunca sentou em uma cadeira de faculdade tome o meu lugar no mercado. Para suprir esse medo, podem acreditar que nos pagarão menos e talvez tenhamos que trabalhar mais.”, expôs Valério.

A docente Ms. Cecília Luedemann finalizou a conversa, ressaltando suas preocupações como membro da academia e questionando: “Como serão as notícias agora? Como os jornalistas agirão e de qual forma o mercado vai absorver essas mudança?”.

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