quinta-feira, 28 de maio de 2009

4ª Atividade

Partindo do texto lido em sala, sobre a discussão da comunicação social nas universidades, tínhamos que fazer um texto contra ou a favor do curso nas universidades!

O diploma comprova sua excelência profissional?

A obrigatoriedade do diploma para o profissional da área de jornalismo tem gerado diversas discussões e opiniões. Esse já um embate de anos e anos, podemos citar como exemplo o período da ditadura militar no Brasil aonde os “jornalistas” adquiriam o título de profissional por ofício, ou seja, pelo dia a dia de trabalho, no caso, o da escrita jornalística. Mas isso não uma discussão esquecida na história, ela é atual e está nas pautas de órgãos como o MEC (Ministério da Educação) e a FENAJ (Federação Nacional doS Jornalistas), na boca dos universitários e também dos profissionais consagrados da área de comunicação. O que se realmente quer questionar é: o diploma comprova a excelência de um profissional?
O jornalista e radialista por liminar judicial, Antonio Baroni, é um exemplo de alguns profissionais que perduram nas redações regulamentados pelo Ministério do Trabalho com a carteirinha de ofício, hoje não é tão comum, mas em rádios e redações de impressos ainda é possível encontrar essas raridades que por exercerem a muitos anos o seu legado conhecem um pouco de tudo e têm muito que ensinar e aos recém-formados. Baroni iniciou sua carreira em 1965 no rádio como comentarista de esporte, hoje é um dos âncoras do programa esportivo “Feras da Bola” na Rádio Metropolitana AM 1070. Segundo ele o diploma é “um certificado de conclusão de curso que só terá valor se seu dono usá-lo com seriedade, fazer matérias bem apuradas e não colocar falsas informações”, e sua obrigatoriedade é um censor que pressupõe o nível de conhecimento do jornalista “que só saberá se realmente aprendeu direitinho toda a teoria obtida na universidade quando for para rua entrevistar ou para dentro dos estúdios apresentar algum programa”.
As universidades públicas e privadas são favoráveis a exigência do diploma. Alegando que a construção cultural e social de um jornalista precisa passar pelo funil acadêmico que além de retirar aquilo que não é válido acrescenta conhecimento, agrega as técnicas e a manipulação das ferramentas necessárias para a constituição de matérias para televisão e rádio, por exemplo.
O universitário do 3º semestre de jornalismo pela Unicsul, Anderson, disse ser favorável a exigência do diploma para que “não existam aventureiros, nas redações espalhadas pelo país, que desconheçam princípios básicos de ética e as ferramentas para a execução da profissão”. A visão de Anderson é semelhante a de outros universitários que compartilham das mesmas angústias da vida corrida entre pesquisas, muita leitura, elaboração de textos, gravações, enfim, tudo o que um “foca” precisa passar e não se conformam que um jornalista execute essa função sem ter passado pelo mesmo processo de construção de repertório acadêmico.
O curso de jornalismo vive um momento de crise no Brasil, o MEC (Ministério da Educação), está reavendo a estrutura da grade curricular da habilitação. O número de universidades particulares que oferecem o curso é grande. Mas sua qualidade está sendo colocada em cheque pelo nível de conhecimento e desempenho de seus alunos. Muitos recém formados apresentam defasagem em sua atuação, como a falta de contextualização, a principal característica para uma matéria com profundidade de apuração. Essa falta de qualidade dos cursos é devido a nova imagem das universidades como negócios. A educação é um produto comerciável, e sua “nota fiscal” é um pedaço de papel emoldurado e pendurado na parede.
O legado de um jornalista extrapola a teoria absorvida na universidade, isso é fato. Passar por esse longo processo de formação acadêmica é importante para obter conhecimento de conceitos históricos, filosóficos, psicossociais e técnicos da área a ser exercida. Com um diploma em mãos é possível ter a credencial de jornalista. Porém não é garantia de sua excelência profissional, isso é conquistado diariamente, a cada texto, matéria, reportagem, que serão avaliadas pelo seu nível de contextualização.

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